INTRODUÇÃO
O QUE É EVANGELISMO:
Existem inúmeras definições para evangelismo, porém a que melhor resume o
termo, diz: “evangelismo é a ação cujo objetivo é levar os homens a conhecerem
sua condição de pecadores perdidos e o Plano de DEUS para a sua salvação, induzi-los à aceitação
de Jesus Cristo como salvador e Senhor, e integrá-los à vida Cristã”. As
palavras chaves desta definição são: informação, persuasão e
integração(discipulado).
POR QUE EVANGELIZAR?: Todo
Cristão, realmente nascido de novo, deve
saber das suas responsabilidades na obra de evangelização, bem como estar a par
de cada um dos imperativos que condicionam cada uma destas responsabilidades:
a)Porque é a vontade de Deus (ITm 2:3-4, II Pe3:9 e Is 6: 1-8); b) Porque é uma
ordem de Jesus (Mt 28: 19-20 e Mc 16:15);
c)Porque a Bíblia revela o valor e a condição das almas (Mc 8: 36-37 e
Lc 15: 3-7); d)Porque só o Evangelho pode salvar o perdido (Ez 3:17-19).
O QUE É COMPAIXÃO: Sentimento de tristeza e piedade em favor
dos desventurados. Nesse sentido, a compaixão é o lado emocional da
misericórdia, o desejo de ajudar pessoas necessitadas. A compaixão pode ser
produzida por Deus, principalmente na função de Pai Celestial de seus filhos (
Sl. 103:13 ). Também pode ser manifestada por outros ( Mt 18:33, Lc 10:33 ).
I-
TESTEMUNHO
E EVANGELISMO
Na
evangelização a credibilidade da igreja e dos crentes vale mais do que qualquer
outra coisa. Quem não vive o que diz crer e o que anuncia, deve calar-se. Pois
a sua pregação seria, na verdade, uma evangelização ao contrário. É por essa
razão que São Francisco de Assis dizia com certo sarcasmo: “Evangelize sempre;
se necessário, use palavras”.
A evangelização depende em grande parte da
capacidade e das virtudes do evangelizador, que deve ser fiel e merecer
credibilidade, deve levar consigo a força e a capacidade do profeta, deve
acolher e viver em si mesmo a mensagem que anuncia, deve saber amar o homem
que, através da mensagem, Deus quer salvar.
Nada disso
é novidade. Pois Jesus, antes de enviar os doze para pregar o evangelho e curar
os doentes (Lc 9.1-6), antes de enviar os setenta “a todas as cidades e lugares
para onde ele estava prestes a ir” (Lc 10.1) e antes de enviar os discípulos
pelo mundo todo para pregar o evangelho a todas as pessoas (Mc 16.15),
disse-lhes claramente: “Vocês são o sal para a humanidade; mas se o sal perde o
gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada [senão para ser] jogado fora
e pisado pelas pessoas que passam” (Mt 5.13, NTLH). Jesus reforça o papel do
testemunho, acrescentando: “Vocês são a luz para o mundo” e essa luz “deve
brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai
de vocês que está no céu” (Mt 5.14,15, NTLH). O que somos (por dentro e por
fora) e o que fazemos pesa muito mais que o que anunciamos verbalmente.
Precisamos ser o que Jesus foi: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”
(Jo 9.5).
Paulo reforça o discurso de Jesus e diz que nós somos o bom
perfume de Cristo: “Como um perfume que se espalha por todos os lugares, somos
usados por Deus para que Cristo seja conhecido por todas as pessoas” (2 Co
2.15, NTLH).
II-
COMPAIXÃO
POR AQUELES COM NECESSIDADES
O Evangelho é uma declaração da constante abertura do
Senhor para com a raça humana. “ Por causa do grande amor de Deus nós não somos
consumidos, pois a sua compaixão nunca falha.” (Lamentações 3:22). O amor do
Senhor por nós não muda; ele não está sujeito à disposição de animo. devemos
ser compassivos para com os necessitados, pois esta é uma das principais
características do Evangelho. Ter compaixão é sair da passividade e tomar a
causa do outro, para que ajudemos os necessitados a suprirem suas necessidades.
Sempre que havia um necessitado, Jesus se compadecia dessa pessoa.. Temos como
exemplo, a cura do cego de Jericó. Os discípulos diziam para o homem se calar,
mas Jesus ouviu o grito do cego e parou, porque sabia que havia clamor por
misericórdia. A compaixão é a semente para ver a necessidade do outro. O
compassivo é aquele que não esquece da causa do outro, toma a causa e faz
coisas que nunca fez antes, para atender os necessitados. Chega até a ser
importuno, fazendo isso não somente para os amigos, mas para todos. Todas as pessoas compassivas alcançam o
coração de Deus, pois Deus ouve o coração dos necessitados.
III-
EVANGELHO
DE NATUREZA TRANSCULTURAL
Pensar no
Evangelho é ter, de imediato, a idéia da
comunicação das Boas Novas de Cristo Jesus a todos os povos, culturas e raças,
assim como é a vontade de Deus e como determinou o senhor Jesus. Logo o
evangelho, na sua essência, é de natureza transcultural.
Cabe-nos, então, como Igreja concebermos esse caráter do
Evangelho de maneira que o anunciemos para o suprimento e resgate do ser humano
em sua totalidade no Brasil e no mundo.
No Evangelho Deus proclama o seu amor ao mundo, revela
clara e plenamente o único caminho da Salvação, assegura vida eterna a todos
quantos verdadeiramente se arrependem e crêem em Cristo, e ordena que esta
salvação seja anunciada a todos os homens a fim de que conheçam a misericórdia
oferecida e, pela ação do Seu Espírito a aceitem como dádiva da graça. Ref. Jo.
3: 16 e 14:6; At. 4:12; I Jo. 5: 12; Mc. 16: 15; Ef. 2:4, 8, 9.
Confissão de Fé de Westminster - Cap XXXV
Não podemos falar sobre
evangelho transcultural sem, pelo menos, tentar entender o que é cultura.
Muitas vezes dizemos que fulano tem muita cultura porque ele ouve música
clássica, gosta de teatro ou sabe usar todos os garfos e colheres que estão na
mesa durante um jantar sofisticado. E dizemos que uma pessoa não tem cultura
quando não se comporta de modo "civilizado". Cultura, no entanto,
envolve toda a criação humana. Ela é constituída do estilo de vida de toda uma
sociedade, ou de um grupo especifico dentro da mesma.
Portanto, quando
falamos de evangelho de natureza transcultural, estamos falando do esforço da
Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público
alvo. Para se engajar na missão transcultural, você não tem que,
prioritariamente, cruzar barreiras político-geográficas. Porém, em nosso caso
teremos que necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da
lingüística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais
e etc.
É difícil para muitos
falar sobre a tarefa da missão transcultural, quando muitas outras tarefas
ainda continuam, diante da Igreja de Deus, por serem realizadas em nosso
próprio contexto e local. Aquilo que é necessário ser feito localmente, tanto
dentro como fora da igreja, demanda muito tempo e esforço das comunidades,
acabando por ofuscar a visão das mesmas para a tarefa mais importante da
Igreja, que é a evangelização transcultural.
Conseqüentemente, nós
poderíamos dizer que o resultado desse tipo de atitude é que 25% da população
mundial, ou seja 1,5 bilhões de pessoas, nunca ouviram do evangelho sequer uma
vez. Porém, se falarmos em número de povos, vamos descobrir que da tabela dos
11.874 povos, 3.915 deles nunca ouviram do evangelho. E o que dizer das 240
tribos indígenas brasileiras, das quais 126 não possui presença missionária
evangélica, enquanto que 06 tem situação indefinida. Será que estas pessoas não
o direito de ouvir pelo menos uma vez na vida a mensagem de salvação?
IV-
COMISSÃO
DE CRISTO
A
Grande Comissão é o fim de um Evangelho e o início de fé colocada em prática
para todos os cristãos. Este comando de Jesus é importante porque é uma
instrução pessoal para os cristãos terem uma profunda fé em Jesus Cristo, tal
como indicado em Mateus 28, o versículo 18: "Foi-me dada toda a autoridade
no céu e na terra." Esta é uma afirmação muito poderosa que exige fé em
Jesus Cristo, validando seu poder na vida dos cristãos e seu compromisso para
com Ele. Este versículo age como uma reivindicação clara da onipotência de
Cristo e, por conseguinte, de sua divindade. Se os Cristãos não acreditam nesta
declaração, fé completa não existe. Jesus é muito claro sobre a sua autoridade
no mundo - é completa e total do início dos tempos (João 1:1-3).
Na
Grande Comissão, Jesus convida cada cristão a tomar um passo de fé e
compartilhar a Boa Nova. Isso é a fé em ação! As pessoas que obedecem esse
comando espiritual mudam suas vidas para sempre! Isso pode ser compartilhar a
Boa Nova com um vizinho ou se mudar a um outro país para alcançar as pessoas
lá. Poderia ser compartilhar Cristo com crianças da sua rua ou compartilhar a Palavra
de Deus em uma cidade duas horas de distância. Independente do local, todos os
cristãos fiéis têm a obrigação de compartilhar o evangelho. Se você for um
crente em Jesus Cristo, a qual lugar Ele quer que você vá? Quem Deus colocou em
seu coração para compartilhar o dom da salvação? Que pequenos ou grandes passos
você pode tomar, com conhecimento de que Cristo estará ao seu lado, para fazer
"discípulos de todas as nações"?
Entende-se por comissão o ato de cometer; encarregar; também
significa encargo, incumbência. Os missiólogos chamam a missão dada por Jesus
aos seus primeiros discípulos de “Grande Comissão”. Ele ordenou aos onze
homens, com os quais mais dividira seu ministério terreno, que fossem ao mundo
inteiro e fizessem discípulos em todas as nações, Ele lhes disse que ensinassem
a esses novos discípulos tudo que haviam aprendido d’Ele (Mateus 28:18-20).
Mais tarde, o apóstolo Paulo deu as mesmas instruções a Timóteo: "E o que
de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a
homens fiéis e também idôneos para instruir a outros" (2 Timóteo 2:2).
Mas, somente em nossas próprias forças não poderemos cumprir nossa comissão.
Por isso, o Senhor nos deus uma capacitação além da natural: “Mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da ter-ra”.
O coração da Grande Comissão está em identificarmos os imperativos contidos nela, e os três verbos nos versículos 19 e 20 estão no gerúndio: “indo”, “batizando” e “ensinando” - são as três funções constantes e indispensáveis de como fazer discípulos. Assim, uma vez que esses versículos não são a Grande Sugestão, mas, sim, a Grande Comissão, o discipulado é imprescindível na vida da igreja e na vida de cada cristão.
O coração da Grande Comissão está em identificarmos os imperativos contidos nela, e os três verbos nos versículos 19 e 20 estão no gerúndio: “indo”, “batizando” e “ensinando” - são as três funções constantes e indispensáveis de como fazer discípulos. Assim, uma vez que esses versículos não são a Grande Sugestão, mas, sim, a Grande Comissão, o discipulado é imprescindível na vida da igreja e na vida de cada cristão.
**As benções do discipulado:
Colheita mais produtiva
Crentes enraizados
Redução do numero de desviados
Avivamento permanente
Obreiros bem preparados e Antídoto para as heresias
**O que produz a falta de
discipulado:
Aumento do numero de desviados
Crentes enfraquecidos
Presas fáceis das heresias
Obreiros inconseqüentes
Igrejas sem paixões pelas almas
Ev. Simone Ribeiro Líder de Missões da Igreja Cristã Ibero Americana psicologa e teóloga |
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