Relações saudáveis com outros
Como nós somos lerdos
para ver a necessidade do irmão. Nós não nos envolvemos. Não estendemos a mão.
Somos rasos, periféricos nos nossos relacionamentos. Vivemos isolados. Temos
medo que as pessoas descubram nossas fraquezas. Temos medo de nos envolvermos
com as pessoas. Não há comunhão. Perdemos de vista que somos uma família, que
somos o corpo de Cristo.
Paulo na sua carta mais
teológica, depois de mostrar a tragédia do pecado, a redenção da cruz, a
eleição da graça e a justificação, mostra a partir do capítulo 12 qual é o
estilo de vida que esse povo deve ter. Como deve viver. Mostra a necessidade de
comunhão. UNS AOS OUTROS é a síntese desse relacionamento.
Somos membros uns dos outros (Rm 12.5)
a. Embora sendo uma
multiplicidade, somos uma unidade. Não vivemos separados uns dos outros. Somos
membros do mesmo corpo. Cada membro precisa de todos os outros membros. Cada
qual é indispensável para os demais. Pertencemo-nos uns aos outros. Não podemos
funcionar nem crescer isolados uns dos outros.
b. O apóstolo Paulo
escreve: “Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo; de quem todo corpo,
bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda junta, segundo a justa
cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si
mesmo em amor” (Ef 4.15,16).
Embaixadores da Reconciliação (Rm 15.7)
a. Uma das nossas
maiores necessidades é de ACEITAÇÃO. As pessoas têm necessidades vitais de
serem acolhidas, aceitas, amadas. A igreja não é um clube, é uma família.
b. A igreja deve ser a
comunidade da aceitação. A comunidade acolhedora. Deve receber os inaceitáveis,
amar os rejeitados. Cristo comeu com os pecadores, restaurou a vida das
prostitutas, perdoou os ladrões. Amou e tocou os leprosos, curou os doentes,
libertou os oprimidos.
c. Deus nos acolheu
quando estávamos sujos, perdidos e entregues ao nosso pecado; ele nos amou, nos
perdoou, nos transformou e nos aceitou. Assim, devemos fazer.
d. Lutero proclamou o
sacerdócio de todos os crentes, mas 500 anos depois a estrutura das igrejas
negam isso. Precisamos de uma nova reforma para devolver aos leigos a sua
função de Ministros da reconciliação.
O leigo é um ministro
da reconciliação em potencial.
O crescimento espantoso
da igreja na Coréia se deve ao treinamento dos leigos para testemunharem.
O trabalho de
testemunhar não ficou limitado aos apóstolos. A igreja toda é herdeira dos
apóstolos no sentido de dar continuidade à missão apostólica, ou seja, pregar o
evangelho até os confins da terra. Estevão e Filipe eram diáconos, mas
tornaram-se pregadores ungidos. O povo todo ao ser disperso, ia pregando a
Palavra. Isaías 44.5 fala do
compromisso de todo aquele que foi revestido com o poder do Espírito de falar e
viver.
Philip Schaff,
historiador da igreja afirmou: “Não havia sociedades missionárias, nem
instituições missionárias, nenhum esforço organizado nos três primeiros
séculos; e em menos de 300 anos a população toda do império romano, que
representava o mundo civilizado, foi nominalmente cristianizada. Cada
congregação foi uma sociedade missionária, e cada cristão um missionário
inflamado pelo amor de Cristo para converter seu amigo. Cada cristão contou a
seu próximo, o trabalhador ao seu companheiro de trabalho, o escravo a seu
amigo escravo, o servo a seu mestre e mestra, a história da sua conversão, como
um marinheiro conta a história do resgate de um naufrágio”.
Perdão e Saúde interior (João
5.1-14)
Quando Jesus perguntou
ao homem do tanque de Betesda se ele queria ser curado, este homem lhe
respondeu com uma desculpa: “Sim, mas…” (v. 7). Ele poderia ter dito
simplesmente sim ou não. Se a cura traz tantos benefícios, por que as pessoas
apresentam tantas desculpas para serem curadas? Existem muitas razões:
a. Eu não tenho
ninguém. Sou vítima do esquecimento, abandono e ingratidão da família e dos
amigos – Aquele homem de Bestesda despeja a sua mágoa diante de Jesus. Além de
doente do corpo estava também com a alma enferma. Ele atribuía a sua falta de
cura às pessoas. Os outros eram os responsáveis. Dizia ele: “Eu não fui curado
porque não tenho ninguém que se interesse realmente por mim”.
b. Tenho medo.
Será muito doloroso remexer o passado. O que passou, passou – O processo da
cura dói. Muitas vezes significa olhar para trás e reparar danos, recordar
experiências dolorosas: um abuso sexual, a falta de amor do pai ou da mãe, as
cenas de violência, o abandono. Cada pessoa tem farpas que causam dor e para
sarar é preciso recordar. Não adianta tapar uma ferida. É preciso limpá-la.
c. Perdoar? “Mas
eu fui a vítima!” – O perdão nos liberta, nos cura. A mágoa adoece. A falta de
perdoa torna a vida um inferno. Quem não perdoa não tem paz. Quem não perdoa
não ora, não adora, não é perdoado. Quem não perdoa adoece. Quem não perdoa é
entregue aos verdugos. Não espere a pessoa que lhe feriu mudar. Perdoe essa
pessoa. Fique livre!
d. Esquecer?
“Você está louco?”– Deus tem um lugar específico para colocar as nossas
lembranças: o mar do esquecimento (Mq 7:19). Esquecer não significa fazer de
conta que nada aconteceu. Significa viver além do que aconteceu. Esquecer é não
sofrer nem cobrar mais a dívida da pessoa que lhe feriu.
e. Você quer ser
curado? – Deus nos chama para viver em sanidade e em santidade. A única
diferença entre sanidade e santidade é um “T” que é um símbolo da cruz de
Cristo. Se não sararmos, ainda que vamos para o céu (como aleijados
emocionais), não viveremos tudo o que Deus tem para nós aqui na terra.
Conclusão:
No passado as pessoas
discutiam sobre os temas:
O que era certo ou
errado,
O que era verdadeiro ou
falso, etc.
Existe uma tentação que
precisa ser vencida, que é chamada de Hedonismo Espiritual (fábrica de emoções,
experiências místicas em excesso para agradar pessoas), isto é Nova Era,
religião de mistérios. Crer também é pensar, a Palavra de Deus orienta a
oferecermos a Deus um Culto Racional (Rm 12:1-2). Restaurar significa, trazer o
original de volta, um trabalho que leva tempo e tem custo e exige paciência.
Para viver uma vida
vitoriosa na Cosmovisão da pós-modernidade precisamos aplicar a contracultura
cristã, que nos orienta a reconstruirmos as ruínas (o que foi derrubado), com a
cultura do Reino, como por exemplo:
- Vida espiritual sincera
(por temor a Deus e não por moeda de troca, barganha).
- Vida familiar segundo
os padrões bíblicos (esposo-esposa, pais e filhos).
- Viver na íntegra os
valores morais do Reino (certo-errado verdade-mentira). Ou seja: sim, sim, não,
não.
- Ser responsável
(responsabilidades) civis e sociais.
- Ser um mordomo fiel com
relação à produção e a propriedade (trabalho e mordomia dos bens).
- Consciência de missão
(viver no mundo sem ser mundano, ou seja, viver no período da pós-modernidade,
mas não se contaminando, pelo contrário, buscando ser sal e luz).
Um trabalho a longo
prazo (o tempo de mudança de uma cosmovisão) por isso precisamos formar nossos
filhos e discípulos para darem prosseguimento. Nunca perder de vista o Manual
(A Palavra de Deus escrita e o Testemunho interior que existe dentro do coração
de todo aquele que já nasceu de novo em Jesus Cristo).
Ao estudarmos a
História do Cristianismo podemos constatar que em todas as épocas, nas diversas
cosmovisões, sempre a Igreja enfrentou UM DESAFIO, mas nunca foi vencida.
Cremos que tudo o que estamos vendo nos mostram o cumprimento das Escrituras
Sagradas com relação ao tempo do fim, carece vigiarmos e como A Geração
Escolhida do Senhor, devemos nos levantar e assumir a posição de vencedores e
não vencidos.
Perguntas:
Para que a igreja
existe?
Para que você existe?
Adoração, treinamento e
testemunho podem viver separadamente?
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